Série : "Armas usadas pelas forças militares mundiais" #02- MÍSSIL AIM-9X

  MÍSSIL AIM-9X: UMA DAS ARMAS MAIS LETAIS JÁ CRIADAS NO PLANETA

Para entrar em uma guerra, um país precisa estar com suas tropas e frotas de veículos bem preparadas. E boa parte dessa preparação está relacionada diretamente com o desenvolvimento de novas tecnologias militares.
No sentido mais prático dos conflitos, ou seja, o poder de destruição, de nada valeria os enormes investimentos em aeronaves indetectáveis e supervelozes se elas não estiverem munidas de armamentos eficientes.
Neste artigo, vamos trazer você para perto de uma das armas mais modernas e precisas do mundo: o míssil AIM-9X, produzido pela Raytheon — um conglomerado de empresas norte-americanas especializado em equipamentos de guerra e aeroespaciais.




Dados técnicos do AIM-9X

  • Velocidade máxima: duas vezes e meia a velocidade do som, o que corresponde a cerca de 3.060 km/h;
  • Comprimento: aproximadamente 3 metros;
  • Diâmetro: 13 centímetros;
  • Peso total: 85 kg;
  • Ogiva de fragmentação anular: 9,5 kg;
  • Alcance operacional: em torno de 18 km;
  • Preço unitário: US$ 85 mil.

Caçador indomável

O AIM-9X é um projétil do tipo Sidewinder que faz parte de uma linha antiga de armamento (denominada AIM-9) e é considerado um míssil ar-ar de curto alcance, ou seja, ele é lançado de uma aeronave em voo com o objetivo de atingir e derrubar (ou explodir) um avião inimigo.
Esse tipo de equipamento é chamado de arma inteligente, pois conta com sistemas embutidos capazes de guiar o míssil até o seu alvo, mesmo que ele tome direções diferentes. No caso do AIM-9X, é usado um dispositivo infravermelho que o permite seguir o calor emitido pelos motores ou até pela fuselagem do alvo.



Dotado de tecnologias bastante avançadas, este míssil é um caçador que rastreia e persegue impiedosamente a sua presa, dando a ela pouquíssimas chances de escapar. Mais para frente, neste mesmo artigo, você vai conhecer mais detalhes de como essa arma consegue fazer isso.


Um pouco de história

As armas inteligentes surgiram nos moldes que as conhecemos hoje alguns anos após o término da Segunda Guerra Mundial. As primeiras tentativas de criar armas guiadas e “autônomas” utilizaram radares.
Os mísseis recebiam seus próprios sensores para rastrear o ambiente a sua volta, mas não conseguiam transportar transmissores que tivessem a capacidade de mantê-los comunicáveis e operáveis a longas distâncias. A saída era a aeronave de disparo acompanhar o percurso do projétil e “mostrar” o alvo, o que a deixava muito vulnerável.
Além de ser muito grande e pesado, esse tipo de míssil se mostrou um armamento caro e ineficiente: a cada 10 projéteis lançados, apenas um acertava o seu alvo. No ano de 1947, o físico naval Bill McLean imaginou e começou a trabalhar em um armamento que mirasse no calor.
Então os grupos de pesquisa militares começaram a adotar um pequeno sensor com células fotovoltaicas para que as altas temperaturas emanadas pelas aeronaves inimigas fossem “vistas” pelo míssil. O primeiro protótipo de um Sidewinder levantou voo e foi disparado pela primeira vez em 1953.


A estrutura do míssil

De lá para cá, obviamente, já foram acrescentadas inúmeras melhorias e aperfeiçoamentos no sistema de funcionamento dos mísseis Sidewinders. Hoje, esses projéteis possuem uma relação complexa de componentes e sistemas eletrônicos.



Comentários